Unidade de Caldas da Rainha

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Caldas da Rainha nasceu da vontade de uma rainha, que acreditou nas propriedades curativas de umas poças de águas quentes e ali mandou erigir uma capela e um hospital termal, destinados à cura do corpo e da alma.

Reza a lenda que, em 1484, deslocava-se a rainha D. Leonor de Óbidos para Alcobaça, quando passou por umas poças de água quente onde se banhavam pessoas andrajosas, ​pobres, que lhe disseram terem aquelas águas propriedades muito boas e ela, logo ali, decidiu a construção do hospital que haveria de dar origem à cidade.

O Hospital Termal Rainha D. Leonor foi fundado em 1485.

O Hospital Termal de Caldas da Rainha foi um dos primeiros do mundo e apresentou vários fatores inovadores para a época. Dispunha, por exemplo, de um médico ao serviço 24 horas por dia, uma prática que só cem anos mais tarde seria adotada em Inglaterra e Espanha. «Ali vigorava a regra de “mente sã em corpo são”. Por este motivo, mal chegava, o doente começava por purificar a alma na Igreja de Nossa Senhora do Pópulo.

Nascidas das águas, a vila de Caldas da Rainha floresceu graças à criação deste grande hospital. A localidade cresceu ao ritmo do sucesso das suas termas, lugar simultaneamente do povo, da aristocracia e da família real.

Em meados do século XVIII, o Hospital Termal foi    reedificado. Na segunda metade do século XIX, as sucessivas administrações procuram uma aproximação ao melhor termalismo do centro da Europa.

O novo Hospital das Caldas da Rainha iniciou a edificação em 1958, sendo concluída, com a sua inauguração em 1967.

O Hospital Distrital de Caldas da Rainha foi alvo de diversas reorganizações ao longo dos anos, em resposta às crescentes necessidades da população em termos de cuidados de saúde.

Em 1971 foi criado o Centro Hospitalar das Caldas da Rainha (CHCR), integrando o Hospital Distrital das Caldas com o Hospital Termal Rainha D. Leonor.

Após a criação do Centro Hospital do Oeste em 2012, pela fusão do Centro Hospitalar Oeste Norte (CHON) e Centro Hospital de Torres Vedras (CHTV), assistiu-se à seguinte reorganização:

  • Em 2013, o Hospital de Alcobaça foi integrado no Centro Hospitalar de Leiria;
  • Em 2014, o Hospital do Barro foi desativado;
  • Em 2015, o Hospital Termal Rainha D. Leonor foi cedido, mediante assinatura de protocolo, à Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

Assim, o Centro Hospitalar do Oeste, integra atualmente três unidades hospitalares:

  • Unidade Hospitalar das Caldas da Rainha;
  • Unidade Hospitalar de Peniche;
  • Unidade Hospitalar de Torres Vedras.

Em 2018, verificou-se a transformação do Centro Hospitalar do Oeste numa entidade pública empresarial (EPE), através da alteração do seu estatuto jurídico (Decreto-Lei nº 44/2018, de 18 de junho), com efeito a partir do dia 1 de julho, o que constituiu uma oportunidade de desenvolvimento de princípios de bom governo e de adoção de um novo modelo de funcionamento, tendo em vista uma organização integrada e conjunta que tornará mais eficiente a gestão das unidades hospitalares envolvidas, numa lógica de integração e complementaridade, concentração de recursos e compatibilização de desígnios estratégicos, permitindo também a obtenção de ganhos de eficiência.

A constituição da entidade pública empresarial promoveu a saída deste Centro Hospitalar do Setor Público Administrativo, transformando-o em pessoa coletiva de direito público de natureza empresarial dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos termos do regime jurídico do setor público empresarial.

O Centro Hospitalar do Oeste, EPE, (doravante designado CHO, EPE), sucedeu ao Centro Hospitalar Oeste, em todos os direitos e obrigações, sendo os respetivos estatutos os constantes do anexo II do Decreto-Lei n.º 18/2017, de 10 de fevereiro.

O capital estatutário atribuído ao Centro Hospitalar do Oeste, EPE, realizado em numerário, é de 7 000 000€, com utilização exclusiva para efeitos de pagamento de dívidas em atraso.  Tendo em conta as regras definidas pelo Decreto-Lei nº 133/2013, de 3 de outubro, o capital estatutário inicial deveria ter ascendido a 24.128.291,90€, pelo que foi realizado em 2019 um pedido de reforço, o qual aguarda aprovação.